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Dialética do marxismo cultural
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Desde as eleições presidenciais de 2018, a expressão “marxismo cultural” se fez presente em diversos discursos de representantes da direita brasileira. Associada a contextos tão exóticos quanto o ressurgimento da teoria terraplanista ou a crítica ao politicamente correto, o fato é que a expressão pôde ganhar tanto destaque justamente por ser apresentada de maneira vaga e descontextualizada.
Entretanto, por mais precária que seja a sua sustentação teórica, não se pode negar que ela “colou”. Para seu sucesso atual, colaboraram a ofensiva das notícias falsas, o monopólio da mídia burguesa e a exploração, por parte dos discursos políticos reacionários, de sentimentos como a insegurança e o medo generalizados e a insatisfação com relação ao funcionamento das instituições – estes decorrentes em enorme medida do aprofundamento de políticas neoliberais no país.
Combater os abusos e desmandos promovidos pela ascensão dessa direita obtusa passa também, portanto, por desmontar seu arsenal palavroso, identificando por trás de uma aparente inovação e espontaneidade os elementos de cálculo, de falsificação histórica e de perpetuação de elementos coloniais. Com o intuito de contribuir com esta tarefa, a editora Expressão Popular publica Dialética do marxismo cultural, necessária síntese de Iná Camargo Costa sobre o tema.
Ao resgatar os usos históricos do “marxismo cultural” e mapear seus propagadores iniciais, “cristãos fundamentalistas, ultraconservadores, supremacistas – enfim, a extrema-direita estadunidense”, a autora nos oferece uma esclarecedora argumentação sobre os motivos para o ressurgimento e disseminação do termo e de todo o universo que ele comporta. Em suas palavras, “dialeticamente, para um marxista, o marxismo cultural (sub specie spectrum) nada mais é que a fusão operada pelo inimigo entre marxismo ocidental e materialismo cultural, uma operação ideológica que requenta, além de mal e porcamente reciclar, a marmita nazista”.
Ao interpretar os mecanismos de funcionamento de tal retórica, identifica como “os objetos mais imediatos de sua fúria conservadora […] o feminismo, a ação afirmativa, a liberação sexual, igualdade racial, o multiculturalismo, os direitos LGBTQ e o ambientalismo”. E para não ficar apenas no diagnóstico das derrotas, a autora elenca na última parte de seu texto uma relação de figuras essenciais para o marxismo entendido em sua integralidade (para simplificar, incluindo as esferas da política, economia e cultura), seja na sua vertente mais conhecida e estabelecida, como os clássicos Marx, Engels, Lenin, Rosa e Gramsci, seja na vertente do legado artístico de Carolina Maria de Jesus, Solano Trindade, Fernando Solanas, entre tantos.
Páginas | 72 |
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Data de publicação | 01/12/2020 |
Formato | 10 x 15 x 3 |
Largura | 15 |
Comprimento | 10 |
Acabamento | Brochura |
Lombada | 3 |
Altura | 0.2 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | POL005000 |
Classificações THEMA | JPFC |
Idioma | por |
Peso | 0.047 |