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Fim de tarde de uma alma com fome

Fim de tarde de uma alma com fome

Editora: Iluminuras
Avaliação:
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R$ 49,00R$ 44,10 á vista

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Código: 9788573214611
Categoria: Literatura
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Descrição Saiba mais informações

  O fim de tarde de uma alma com fome, o poema dramático de Sérgio Medeiros, tem ares pessoanos na ambientação indefinida e nebulosa, entre a noite e o dia, a vida e a morte, em que dois personagens, um soldado e uma velha, se conhecem e dialogam. Mas enquanto os poemas dramáticos de Pessoa procuram induzir o leitor a uma espécie de claustrofobia onírica, os três atos de O fim de tarde de uma alma com fome são voltados para fora, numa poética radical de intertextualidade.

  Já nas instruções de leitura, aprendemos que cada ato é uma versão (da mesma história?), e que os atos podem ser lidos em ordens distintas. E não é só isso: o leitor pode optar por substituir uma ou duas das versões por outros textos, entre os quais o Popul Vuh maia-quiché e o volume de clássicos amazonenses Makunaíma e Jurupari.

  O poema, então, compõe-se e recompõe-se nesse diálogo com obras distintas, onde o motivo comum é a cultura ameríndia na sua relação com as línguas e as culturas americanas. Dos vários textos que fazem parte desse diálogo intertextual, o mais importante é a narrativa pemon “Como os venenos azá e ineg, para matar peixes, vieram ao mundo”, de Makunaíma e Jurupari.

  É desse mito que vem o casal que dialoga no poema: a anta, isto é, a velha, ou alma canibal, e o humano – neste caso um soldado que se separou do seu pelotão. Como no conto pemon, o diálogo entre esses seres de espécies distintas é marcado por diferenças perspectivistas: o que para ela é uma cobra, para ele é um fogão; o que para ela são pérolas, para ele são carrapatos, e assim por diante. Mas se o perspectivismo, para Viveiros de Castro, se localiza no mundo mesmo das diferentes pessoas (pessoa anta ou pessoa humana), aqui ele é uma questão de língua. A poesia de Sérgio Medeiros surge precisamente dos jogos de entendimento e desentendimento entre essas duas línguas: a da anta (a velha ancestral indígena) e a do soldado (em outras palavras, o estado-nação) matricida.

 LÚCIA SÁ
Universidade de Manchester

Páginas64
Data de publicação01/06/2021
Formato21 x 12 x 4
Largura12
Comprimento21
AcabamentoBrochura
Lombada4
Altura4
Tipopbook
Número da edição1
Classificações BISACART000000; JNF000000; YAF000000
Classificações THEMAA; DSY
Idiomapor
Peso0.05
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